... I'd walk to you if I had no other way ♫ |
Enquanto andava sozinho pela noite fria de Nova York, Renan
ficava se lembrando de tudo o que os últimos dois anos tinham feito com ele.
Quando ainda no Brasil, Renan conseguiu a cama que tanto queria, cantando em
diversos programas famosos e fazendo diversos shows com suas músicas
românticas, todas inspiradas em Delilah. Depois do enorme sucesso no país de
origem, Renan finalmente foi convidado para tocar no exterior, exatamente um
ano e meio depois da promessa via Skype que ele fez ao amor de sua vida.
Renan rodou com sua pequena tour por toda a Europa e agora,
seis meses depois, lá estava ele, na amada Nova York, andando na Times Square,
louco para chegar logo ao apartamento de Delilah! Ele não havia lhe dito que
viria... queria surpreendê-la! A faculdade dela tinha acabado e ela já estava
trabalhando na área que tanto sonhara. Sua formatura seria em dois dias e por
isso Renan fez de tudo para chegar a NY aquela noite.
Depois de muito andar e pensar, Renan apertou as mãos dentro
do bolso e parou em frente ao prédio com fachada de tijolos vermelhos, que
Delilah já tinha lhe mostrado através de fotografias. Ele sabia qual era o
andar e o apartamento dela, mas queria fazer uma surpresa, por isso, ficou
esperando que alguém decidisse sair do prédio, para entrar de fininho e subir.
Dormiria na rua se fosse preciso...
Mas felizmente, não foi preciso. Uma hora depois da chegada
de Renan a fachada do prédio, uma moça saiu, acompanhada de um rapaz e eles lhe
cumprimentaram enquanto ele segurava a porta para eles passarem.
– Hi! I’m sorry but, are you Renan? The singer? – a garota
perguntou sorridente, reconhecendo-o.
Renan assentiu, confirmando quem era, e aceitou tirar uma
foto com eles e lhes dar autógrafos. Depois, lhes explicou sua situação e o
casal, comovido, abriu o portão para ele e desejaram-lhe boa sorte!
Renan correu para o elevador, parando apenas para
cumprimentar o zelador que estava atrás de um balcão e lhe cumprimentou de
volta, sem dar muita importância. Depois de entrar no elevador, Renan
pressionou o número 10 e esperou... o tempo parecia não passar dentro daquele
cubículo, ouvindo aquela música horrível. Mas mesmo assim, ele não se deixava
abalar, com seu sorriso aumentando a cada andar até que, no decido andar, Renan
parecia o Coringa!
Ele se ajeitou ligeiramente no espelho do elevador quando
estava no nono andar e saiu correndo quando chegou ao décimo, chegando
rapidamente ao número 107. Renan nunca se sentira tão nervoso em toda sua vida!
Finalmente veria sua Delilah! Sua musa, sua inspiração - Renan apertou a
campainha e esperou –, seu motivo para lutar, sua futura e...
– Oi! Posso ajudar? – disse em inglês, um rapaz alto e moreno,
apenas com uma toalha enrolada na cintura, que abriu a porta do apartamento
107.
– E-eu estou pro-pro... esse é o apartamento de Delilah? – Renan perguntou, em português, amuado.
– Sim! – o rapaz respondeu, também em português, com uma
sobrancelha erguida. – Eu já te vi em algum lugar...
– Impressão sua! – Renan respondeu com os ombros caídos. Ela
estava com outro! – Desculpe o incômodo.
Renan virou-se e foi embora sem olhar para trás, só se
permitindo chorar quando já estava fora do prédio da mulher que ele um dia
jurou amar para sempre.
Enquanto isso, o rapaz do 107 fechou a porta com o cenho
franzido, dirigindo-se a sala.
– Quem era, Marcus? – Delilah perguntou, sentada no sofá, de pijama (uma camiseta enorme que ela trouxera do Brasil e que
pertencia à Renan).
– Era... – de repente, a mente de Marcus deu um estalo e ele
se lembrou. Droga! – Dê! Era o Renan!
Delilah arregalou os olhos e se levantou num pulo. Renan?
– E cadê ele? – ela perguntou, calçando os chinelos e correndo
para a porta.
– Ele foi embora... acho que ele pensou que... – mas Marcus
nunca chegou a terminar a frase. Delilah já estava correndo e pressionando
freneticamente o botão para chamar o elevador. – Delilah! Você está de... – mais
uma frase incompleta.
Delilah entrou no elevador correndo e pressionou o botão
para o Térreo com muita força, batendo o pé impaciente e desejando ter usado as
escadas. Quando enfim chegou ao térreo, Delilah passou correndo pelo zelador,
esquecendo-se do que vestia e sem se importar o vento extremamente gelado que
passou por seu corpo ao sair do prédio. Olhou para os dois lados, mas as ruas
estavam desertas e ela não sabia para onde correr.
– RENAN! – Delilah gritou com todas as suas forças e decidiu
correr para a esquerda, sem uma razão específica. Simplesmente correu e gritou
como se sua vida dependesse disso.
Mais tarde, Delilah juraria que fora Deus quem lhe mandou ir
para a esquerda... lá longe, Delilah conseguiu enxergar um pontinho que parecia
um rapaz... Renan, ela pensou e correu o mais rápido que conseguiu.
– RENAAAAAAAAN! – ela gritou com mais força e o ponto parou
por um momento, dando-lhe a chance de se aproximar. Suas pernas estavam
congelando assim como seus braços, ambos expostos, mas nada mais importava para
ela no momento. Quando enfim chegou a ele, a garota estacou, o olhar fico em
suas costas. – Renan?
O rapaz se virou e Delilah pôde ver os olhos do amado,
vermelhos e lágrimas escorriam por suas bochechas rosadas pelo frio. Como uma
criança, Renan passou as mãos no rosto, secando as lágrimas e fungando em
seguida.
– O que quer? – ele perguntou, ríspido.
– Como assim, o que eu quero? Você não me avisou que vinha!
Eu estava morrendo de saudade e... – só então Delilah notou que estava
chorando... chorando como não chorava há um bom tempo.
– Se eu tivesse te avisado, você teria mandado o amante
embora? – ele perguntou, sarcástico, seus olhos soltando faíscas quando olhavam
para a mulher que ele prometera amar para sempre!
– O meu... – Delilah olhou para ele, confusa. Amante? Que idéia
estúpida era aquela? Passara quatro anos sozinha, amarrada a esperança de logo
ver Renan e ele surge com essa história de... Marcus!
– Renan! Eu me recuso a acreditar que você tenha achado que
eu tenho um amante! – Delilah gritava agora, completamente frustrada.
– E como você me explica o cara bonitão de toalha que abriu a
porta do seu – Renan frisou a palavra – apartamento para mim, Delilah?
– Olha só, o Marcus é meu melhor amigo aqui! Nos conhecemos
na faculdade, fizemos o mesmo curso! Ele veio me ver hoje e tinha acabado de
sair do banho quando você bateu. Por isso ele estava apenas de toalha!
– E porque ele estava tomando banho no seu apartamento? – Renan
cruzou os braços, ainda levemente desconfiado.
– Ele veio do serviço, estava cansado e o meu chuveiro tem água
quente! O dele está com problema há alguns dias e ele tem tomado banho lá em
casa.
– Ent...
– Ai meu Deus, Renan! O Marcus é gay! Ele é gay e é casado! O
Anthony, marido dele, trabalha até as 22h num restaurante e o Marcus fica lá em
casa matando o tempo! – Delilah cruzou os braços. – Será que dá pra acreditar em
mim agora? Ou quer voltar lá e eu te mostro o álbum de fotos do casamento
deles? Porque eu te...
Delilah não terminou de falar, porque Renan a puxou pela
cintura e a beijou, com toda a saudade que ele tinha acumulado há quatro anos!
Delilah enlaçou seus braços em volta do pescoço de Renan e retribuiu o beijo
que ela tanto sonhara receber nos anos que se passaram desde o último.
Depois de matarem uma pequena parcela da gigantesca saudade
que sentiam, ainda abraçados, Delilah voltou a falar, com a testa colada a de
Renan.
– Senti tanto sua falta! Eu te amo!
– Também te amo, Delilah! Muito! – ele riu e lhe deu um selinho. Depois, se afastou,
retirou seu casaco e colocou em volta da namorada, quando finalmente notou que
ela vestia apenas uma velha camiseta sua. Delilah aceitou o casaco de bom grado
e se encolheu dentro dele, apertando-o contra o corpo e sentindo o cheirinho do
amor de sua vida. – Ta pronta?
– Pra que? – Delilah perguntou, confusa.
– Pro nosso futuro! – Renan piscou e Delilah riu. Como ele
sentira falta daquela risada...
Delilah não precisava responder. Depois de quatro anos esperando por ele, sua resposta era mais do que óbvia e sua mente gritava em alto e bom som SIM! EU ESTOU PRONTA! LEVE-ME!, mas nenhuma palavra saiu da boca de Delilah, apenas um sorriso moldou-lhe a face e Renan entendeu o recado. Eles então entrelaçaram seus dedos e saíram andando juntos,
em direção a nova vida deles. Uma vida juntos, finalmente!
(Caroline dos Anjos Quirino)
Ebaaaaa! Bom, diversas pessoas me perguntaram, nos comentários do primeiro texto - clique aqui para lê-lo e poder entender este - se era possível que tivesse dado certo a relação entre eles e se tinha durado pelos dois anos que se seguiram... Aí esta a resposta! Fazia tempo que eu não escrevia *-* haha Os textos que já postei por aqui foram escritos há tempos, inclusive o Hey there, Delilah, e por isso achei que não fosse conseguir criar a continuação hahaha Mas eu espero que gostem tanto quanto gostaram do primeiro *-*
Beijos e até o próximo post!
Não consegui ler o texto inteiro ainda por falta de tempo, quero ler a história desde o início, mas até onde li estou gostando bastante! Você escreve muito bem!
ResponderExcluirBeijos,
Mah
Unhas e Glitters| Fan page Unhas e Glitters|
Obrigada, Mah!
ExcluirBeijos
Amei o texto!!! Com esse lugar como cenário impossivel não gostar né?
ResponderExcluirDá uma passadinha?
http://comportamentorosa.blogspot.com.br/
Com certeza né hahah
ExcluirBeijos
Adorei o final e gostei muito de saber que eles ficaram juntos no final!!!
ResponderExcluirbeijos e escreva mais.
http://osuficientee.blogspot.com
Obrigada :D Pode deixar haha
ExcluirBeijos
Gostei muito do texto, vou dar uma lida nos mais antigos, para poder lembrar totalmente de todos os pontos. Mas sua escrita está cada vez melhor, pode ter certeza disso.
ResponderExcluirAté mais.
http://realidadecaotica.blogspot.com.br/
Ah obrigada, Renato *-* Espero que goste dos outros
ExcluirBeijos
Gostei MUITO! Você escreve muito bem, viu?
ResponderExcluirAmei a história!
Beijos e fique com Deus!
Batom De Framboesa
Obrigada, Giulia! :D
ExcluirBeijos
Carol, você escreve muito bem, nunca pare de escrever... Você poderia escrever uma história que se passasse aqui no Brasil também ^^ eu ia gostar muito, bjs!
ResponderExcluirpatydelua.blogspot.com.br
Obrigada, Paty!
ExcluirCom certeza farei haah
Beijos
fiquei com o coração apertado quando o Renan encontrou outro cara no apê da Delilah e naquele meio tempo fique mais louca ainda achando que antes da Delilah poder se explicar, algO ruim iria acontecer, tipo:
ResponderExcluirUm dos dois ser atropelado, ou algo assim (MH IMAGINAÇÃO ME TORTURA).
Mais deu tudo certo, o final foi lindo <3
Por um segundo ... eu pensei em matá-lo HAHAHAHAHAAH mas o meu lado romantico me impediu ♥.♥
ExcluirQue bom que gostou!
Beijos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi Carol lembra de mim ^.^? Mesmo que não, não há problema desta vez eu estou aqui não para ti pedir autorização e sim de avisar que postei o fim do texto lá no blog já que tinha só a primeira parte mal posso esperar por outras criações suas beijos
ResponderExcluirchroniclesofacrazyteen.blogspot.com
Oi Shelsea! Obrigada querida!
ExcluirBeijão